Cachê com dinheiro público fez Anitta recusar show em Natal

Foto: Reprodução

A cantora Anitta pode até levar seu show para o mundo, mas, segundo a secretária de Turismo de Natal, tem um tipo de cachê que não a leva para lugar nenhum: o pago com verba pública. Pelo menos foi isso que Iracy Azevedo contou ao revelar que a cantora recusou um show na capital do Rio Grande do Norte justamente por não topar receber dinheiro do governo.

A história veio à tona depois que a gestão municipal explicou durante uma entrevista por que Anitta não desembarcou em Natal. E, ao que tudo indica, o motivo não tem nada a ver com agenda lotada ou logística complicada. O impasse estaria justamente na origem do dinheiro.

“Anitta poderia até vir, mas ela tem algumas restrições com relação a pagamento de dinheiro público. Ela não faz show para prefeituras, que têm envolvimento com dinheiro público. Eu acho até nobre da parte dela, ela defende algum princípio, e ela se mantém nesse princípio.”

A declaração colocou a agenda da cantora no centro da conversa, que repercutiu nas redes sociais. Mas, até agora, a equipe de Anitta não se pronunciou sobre o assunto.

Debate sobre o tema

A fala da secretária reacende um debate que já passou pela própria Anitta. Em entrevista ao Fantástico, da Globo, a cantora contou que já recebeu propostas de prefeituras que incluíam desvio de verba. “Eu já recebi propostas, eu e meu irmão. ‘Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço.’ Eu falei ‘não'”, disse na época.

A discussão sobre cachês pagos por prefeituras explodiu no início de maio, depois de uma fala do sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, durante um show em Sorriso (MT). Na ocasião, o cantor criticou a Lei Rouanet, alfinetou Anitta e entrou para o trending topics por comparar gestão de verba pública com tatuagem no “toba”.

Só que a cutucada saiu pela culatra. Enquanto Zé Neto dizia que não dependia de Rouanet porque “quem paga o cachê é o povo”, posts do jornalista Demétrio Vecchioli mostraram que o show em questão havia sido bancado com R$ 400 mil da prefeitura, verba pública, exatamente como a Rouanet.

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